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PERIGO
Cardiologistas alertam para perigo da mistura álcool com energético

Data da notícia: 2015-02-26 18:02:33
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A mistura de bebidas alcoólicas com energéticos pode acarretar perigos para os usuários, alerta o vice-presidente da Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro (Socerj), Ricardo Mourilhe. Segundo ele, os energéticos são ricos em cafeína e taurina, que são potentes estimulantes - assim como o álcool -, e podem induzir ao aumento da pressão arterial, à arritmia.

Uma doença cardíaca preexistente pode ser agravada e, se o usuário tem uma doença incipiente, ainda não manifestada, ela pode ser potencializada por causa do uso dessas substâncias, disse Mourilhe. O cardiologista alertou que, se o consumidor tem pressão arterial já elevada e toma estimulante misturado com álcool, a pressão sobe mais ainda, e isso pode levar a um acidente vascular cerebral (AVC).

Pessoas de qualquer idade estão sujeitas a esses perigos, mas, nos jovens, o risco da combinação álcool e energético é maior. ?O jovem, em geral, faz uso dessas substâncias em quantidade muito maior. Se ele tem, por exemplo, a doença não diagnosticada, não conhecida, o risco acaba sendo maior por esse motivo. Normalmente, a pessoa mais velha tende a se cuidar mais e se policia.? O jovem, ao contrário, mesmo que tenha algum problema, costuma relaxar mais e ignorar os perigos, acrescentou.

Morilhe recomenda que, se a pessoa resolver beber, é importante que se mantenha hidratada para minimizar o problema. A combinação álcool e energético, segundo ele, leva a uma rápida desidratação, o que agrava ainda mais os riscos, e isso dá mais arritmia, mais hipertensão arterial, completou. De acordo com o médico, o ideal, porém, é reduzir ao máximo a combinação de bebidas alcoólicas e energéticos, ou não consumir. Se consumir, que o faça com "extrema moderação?, disse Mourilhe. Ele disse que, hoje em dia, os jovens costumam misturar energéticos com vodca, que é uma bebida mais barata. Isso é um agravante, disse, porque o destilado tem um percentual de álcool muito mais alto que a cerveja, por exemplo. ?Então, tendo mais álcool, maior o risco?, ressalta.

De acordo com a presidente da Socerj, Olga Ferreira de Souza, os energéticos permitem que a pessoa beba em maior quantidade. Com isso fica mais sujeita a embriaguez e a riscos de quedas, de acidentes, de dependência e até de morte, com redução de reflexos.
Pesquisa feita em 2002 pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) mostra que a cafeína presente nos energéticos, quando combinada com álcool, tem impacto negativo no cérebro, podendo levar ao envelhecimento precoce e a doenças como o Mal de Parkinson e Alzheimer.

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